terça-feira, 26 de dezembro de 2017

«Borrador de huma arte poetica apresenta-se perante o leitor como uma reflexão acerca da Poética, como uma espécie de epígono da teoria literária dos finais do Cinquecento, no entanto, já Maneirista em termos de ideário e que os homens de letras deveriam observar. O estudo da obra de D. António de Ataíde permitiu descortinar alusões feitas a toda uma panóplia de autores e trabalhos que antes se haviam pronunciado acerca de preceitos poéticos e artísticos; a partir da análise realizada percebemos, ainda, as linhas de reflexão e as preceptivas poéticas do 5.º conde da Castanheira.»

In Adriano Milho Cordeiro, Arte Poética de António de Ataíde.
SOBRE
O LIVRO


SINOPSE
«O que é um signo; quais e quantos tipos de signos existem;
quais as implicações filosóficas decorrentes do conceito de signo?
Este livro parte do princípio de que o conceito de signo
não diz respeito apenas à linguística ou à semiótica em particular,
mas atravessa toda a história do pensamento filosófico. 

Trata-se de uma vasta síntese que apresenta as grandes
teorias do signo. Umberto Eco, um dos grandes mestres
da semiótica contemporânea, expõe aqui todos os
elementos necessários à compreensão da investigação
realizada no campo da linguística e das questões
associadas à comunicação e à linguagem. 

Uma obra de referência, brilhante e incontornável, que
se tornou um clássico na área das Ciências Humanas
pelo seu profundo significado cultural.»


In [em linha]: https://www.wook.pt/livro/o-signo-umberto-eco/19756605.



Aprender com a biblioteca escolar


«Vivemos uma época de profunda mudança, fortemente marcada pela revolução tecnológica e digital e com grande impacto em todos os domínios da vida social, designadamente na educação e na escola.
Para serem bem sucedidos na sua vida pessoal, escolar e profissional, os jovens têm hoje, não só de dominar os saberes convencionais, como um conjunto de novas competências de literacia, cada vez mais complexas e variadas.
A preocupação face a estas exigências tem determinado a colocação na agenda das instituições educativas, de quadros de referência sobre as aprendizagens dos alunos que hoje cabe à escola garantir, sendo de assinalar a integração curricular nestes quadros, de um conjunto de conhecimentos e capacidades transversais, considerados nucleares no nosso tempo.
Na área específica das bibliotecas, estes referenciais têm também sido abundantes e revelado uma grande evolução no seu âmbito e base conceptual, paralela à confluência da informação com as novas tecnologias, média e ambientes digitais e ao peso crescente das bibliotecas nos domínios da leitura e das literacias.
As bibliotecas escolares são um espaço educativo integrador destas múltiplas literacias, cada vez mais decisivo para as aprendizagens e a capacitação das crianças e dos jovens que as utilizam, formal ou informalmente.
A integração explícita e intencional em projetos e atividades realizadas com e pelas bibliotecas escolares, de competências nas áreas da leitura, dos media e da informação, em ambientes físicos ou digitais, constitui uma das mais importantes estratégias para o sucesso escolar e o desenvolvimento educativo e cultural dos jovens.
O referencial Aprender com a biblioteca escolar é, desde 2013, um instrumento determinante na persecução destes objetivos, tendo sido demonstrada pelo mais de meio milhar de escolas entretanto envolvidas na sua aplicação, a clara vantagem deste tipo de intervenção, quer na motivação dos alunos, quer no enriquecimento das práticas de ensino, nos resultados obtidos e nos produtos gerados.
Em 2016-17, no sentido de continuar a dar resposta a este desafio, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) propôs-se atualizar o referencial de modo a incorporar todos os contributos dados até à data e incluir o ensino secundário neste trabalho.
Deste modo, apresenta-se uma nova edição do referencial Aprender com a biblioteca escolar, revista e aumentada, que, esperamos, venha reforçar ainda mais o valor das bibliotecas escolares como parceiras para a melhoria do ensino e da aprendizagem, o progresso dos níveis de multiliteracia e o sucesso educativo em todos os níveis de escolaridade.»
In [em linha]: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/1904.html.

A imagem supra encontra-se no documento [em linha]: http://nonio.ese.ipsantarem.pt/esemoodle/course/view.php?id=120.

SÁBADO, OUTUBRO 29, 2016



VOLÚPIA

Somos filhos da volúpia do Cosmos,
Mimesis do micro e do macro
Gerados na Terra,
irmãos das pedras e dos rios,
Dos mares e das sombras 
do Caos e da ordem…
caminhamos para a Eternidade 
porque dela viemos 
e nela estamos, estivemos e estaremos
e sendo tempo e espaço 
clamamos por Deus,
tentando descortinar 
o mágico número da alquimia do Amor que nos fez nascer
e que a tudo deu origem!

SEXTA-FEIRA, DEZEMBRO 25, 2015



Dezembros todos especiais, frescos e desiguais e nos campos o perfume dos matos e a gravidade das pedras que celebram os solstícios desde o início dos tempos!

DOMINGO, JANEIRO 05, 2014



Em redor das Palavras, construindo porvires, aproximando longes

Percorramos de novo Mares e Oceanos... e celebremos com Palavras a grande aventura da Vida. Ainda que perpetuamente o Caos espreite em redor, o remanescente avirá em harmonia. Pelas Palavras sulquemos as distâncias... Nessora, os imensos longes hão-de tornar-se próximos.

QUINTA-FEIRA, ABRIL 08, 2010



As Bibliotecas e a Construção dos Conhecimentos

Domingo, 14 de Março de 2010
As Bibliotecas e a Construção dos Conhecimentos

Decorreu entre um e cinco de Março na Biblioteca Escolar da nossa Escola 1), um conjunto de actividades à volta da leitura, dos livros, das imagens, da Internet e da interligação destas com a música e com outras formas de arte.

As acções envolveram toda a comunidade escolar, bem como a presença de destacados elementos ligados às diferentes áreas do conhecimento. De realçar o entusiasmo e a pertinência das questões colocadas pelos nossos discentes, mostra significativa do seu apreço pelo que viam e ouviam. Os alunos, essas curiosidades inquiridoras de saberes hão-de perpetuar o gosto pelas bibliotecas e pelo contributo que estas prestam ao ser humano; ficaram mais copiosos em sabedorias e conscientes de que as palavras são mágicas e é através delas que vamos modelando o conhecimento do mundo e a nossa auto-consciência.

A presença do poeta e escritor Hugo Santos, com quarenta e três obras publicadas e vinte prémios literários ganhos despertou grande interesse entre os nossos jovens, na medida em que um professo pensador e escrevinhador de utopias tem sempre algo do mundo dos sonhos para comunicar, algo de mágico que provoca nos alunos o gosto pelo encantamento e uma reflexão intuitiva sobre a força das palavras.

Percorremos mais de dois milénios e meio de História e falámos sobre papiros, volumina, códices, enfim, de livros e dos ‘revolvimentos’ que esses objectos provocaram na espécie humana e no planeta Terra. Percebemos o contexto em que surgiram ou como poderão ter sobrevivido as palavras dos livros; como foram usufruídos provavelmente por gente ‘simples’ e ‘poderosos’, atravessaram revoluções, ou foram salvos, in extremis de qualquer calamidade.
Compreendemos que cada livro tem uma história particular e que cada cérebro o lê e interpreta à sua maneira. Percebemos quão importante é hoje a consulta e a leitura da blogosfera como espaço cívico de conhecimento e de debate livre de ideias.

O livro acompanha-nos há muito. «Do mesmo modo, se o livro electrónico acabar por se impor em detrimento do livro impresso, há poucas razões para que este último seja expulso das nossas casas e dos nossos hábitos. O e-book não matará o livro. Assim como Gutenberg e a sua genial invenção não suprimiram de um dia para o outro o uso dos códices, nem este, o comércio dos rolos de papiro ou volumina 2).» Existe, isso sim, um ampliar do conjunto de oportunidades de registarmos os nossos conhecimentos e as nossas memórias. O filme ainda não trucidou a pintura, nem a televisão o cinema. A civilização ocidental sacralizou o livro. De certa forma, com a era da Internet quebrámos a antiga e costumada ligação estabelecida entre os discursos e a sua materialidade memorizada, os livros em formato tradicional. Alguns falam em subversão. Não serão antes sinais dos tempos, um assumir diferente no que diz respeito ao repositório das memórias!?

O importante mesmo é auto-conhecermo-nos e reflectirmos, é amarmos os livros e criarmos o gosto pela leitura e pela escrita, é desenvolvermos literacias e construirmos a partir das utopias do presente a sociedade do futuro sem esquecer as memórias que vêm desde o princípio dos tempos.
Adriano Milho Cordeiro


Adriano Milho Cordeiro



1)Escola Secundária com 3.º Ciclo do Entroncamento.
2) Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, A Obsessão do Fogo, Lisboa, Difel, 2009, p. 9.

Trabalhar com portfólio

Sábado, 31 de Outubro de 2009. ESML.
Trabalhar com portfólio

- Confesso que nunca trabalhei com portfólio.

- Penso que é importante trabalhar a partir de agora, com este instrumento de avaliação. Muitos autores consideram o portfólio como um documento de registo do
aluno, apresentando o mesmo, todas as possibilidades de construção individual e colectiva, exercitadas ao longo de uma disciplina. O portfólio, diferentemente de inúmeros relatos em artigos, livros e outros materiais de ensino-aprendizagem deve ser usado como uma ferramenta de estudo e aquisição de novos conhecimentos, e por conseguinte, possibilita a efectivação de uma avaliação globalizante. O objectivo é o de fazer com que o aluno contribua com discussões e argumentações na sala de aula e fora dela, que possa mostrar as aquisições do quotidiano que o cerca, faça pesquisas científicas, relacione literatura consultada, sítios da internet e adquira competências.1)
O aluno passa a construir o seu material pedagógico, com aquilo que lhe interessa, com as questões que lhe trazem mais curiosidades, questões que por vezes exigem mais dificuldades de produção de respostas. Desta forma o aluno procura descobrir os seus limites e as suas possibilidades. O portfólio passa ser um instrumento de criatividade, troca e construção de parceria pedagógica. O registo é uma maneira gratificante de descoberta; os alunos dos ensinos básico e secundário e até por vezes, do ensino universitário, escrevem cada vez menos; o portfólio faz com que os discentes redijam, participem, produzam materiais, leiam, adquiram competências e desenvolvam conhecimentos.2)
O portfólio, desta forma, faz do aluno, agente dialógico do seu próprio produto. Todos os alunos poderão ser pesquisadores, criativos e construtivos. O portfólio é essencial para o sucesso de novas aprendizagens e para adquirir e consolidar competências num mundo marcado por diversidades culturais, onde as apelativas e novas tecnologias imperam.


1)Cf. http://www.dee.ufma.br/~fsouza/anais/arquivos/1_273_472.pdf
2)Idem, Ibidem.

Utilização do Portfólio

Terça-feira, 8 de Dezembro de 2009. Torres Novas. ESML.
Utilização do Portfólio

Boa tarde.

Confesso que a utilização do portfólio por parte dos meus alunos faz muito sentido, uma vez que me permite fazer uma avaliação mais objectiva, quer na disciplina de Português quer na de Teatro.

Adriano Milho Cordeiro.

TERÇA-FEIRA, DEZEMBRO 08, 2009



De alma inquieta

De alma inquieta
ouço quietas músicas clássicas
contemplando de longe a eternidade.
O mundo é tão pequeno
e o espírito tão infinito...
tão ancestral.

Lisboa, Lapa, 15 de Julho de 2009.

QUARTA-FEIRA, MARÇO 05, 2008



Paisagem D' Aire

Ondas de vento
galgando colinas e serras...
Ondas de Sol
tisnando plantas e terras...
Ondas de luz
Forte e Intensa
reflectindo-se na paisagem imensa!...


Peço um beijo
que me transmita a eternidade
e o encantamento
dos rios do Amor!

E a seguir paulatinamente,
desejo Saudade,
Suspiro por paz!


Adriano Milho Cordeiro

D. António de Ataíde

Finalmente a publicação intitulada «Registos sobre um - Borrador duma arte poetica que se intentava escrever» de D. António de Ataíde.

Data que jamais poderei esquecer: 05 /III / 2008. São estas pequenas emoções que nos dão alento para continuar!

Adriano Milho Cordeiro

PS.: Poetica não deveria ter acento, pois no original não consta que tal aconteça. Minúcias...

SÁBADO, FEVEREIRO 23, 2008



Mataram-me o corpo
Extorquiraram-me a alma
Sou hoje um corpo morto
Ansiando por calma!
   

D. António de Ataíde

Finalmente a publicação intitulada «Registos sobre um - Borrador duma arte poetica que se intentava escrever» de D. António de Ataíde.

Data que jamais poderei esquecer: 05 /III / 2008. São estas pequenas emoções que nos dão alento para continuar!

Adriano Milho Cordeiro

PS.: Poetica não deveria ter acento, pois no original não consta que tal aconteça. Minúcias...

Cf. [em linha]: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/75023

Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Eduardo Galeano




Se todas as pedras do mundo falassem, talvez nos tornássemos mais humanos...
Talvez amássemos mais!...